terça-feira, 25 de agosto de 2015

Vale a pena forçar e continuar os treinos mesmo quando se tem dor?

A expressão “no pain no gain” pode até ser inspiradora, mas está longe de ser verdade. A dor durante o treino pode ser um indicativo de que algo está errado.

Por Gustavo Luz



Reconheça os sinais do seu corpo. Treinar com dor é sinal de que algo está errado. 


 Provavelmente você já ouviu a clássica expressão “no pain no gain” – sem dor sem ganho. Talvez isso seja inspirador, mas está longe de ser verdade. Treinar com dor é um sinal de que algo está errado, seu organismo está sofrendo. A tendência é o contrário, o treino deve ficar cada vez mais fácil à medida que o seu condicionamento melhora. Um treino sem dor é um treino feito da maneira correta, dentro das suas possibilidades. A medida que você melhora o condicionamento físico e pulmonar, não faz sentido continuar sentindo dores, a não ser aqueles incômodos pós-treino, como cansaço e musculatura dolorida.
Se você é um iniciante, tenha muito cuidado em não forçar a barra nos primeiros treinos. De uma maneira geral, seu pulmão e seu coração se condicionam mais rápido à corrida do que as suas pernas (músculosarticulações, ligamentos). Ou seja, você aguenta o tranco de um esforço maior, mas as suas pernas não. E um sinal bem comum de que você está passando do ponto é a canelite. É claro que essa dor na canela é frustrante, mas por outro lado, é um sinal das suas pernas alertando que o treino não está fazendo bem para elas. E não tem jeito, você vai ter que reduzir o ritmo ou dar uma parada. Não vale a pena forçar a barra e continuar no mesmo pique, achando que a dor vai desaparecer, não vai. E algumas lesões mais sérias (ou que se tornam mais sérias por erro seu) podem tirá-lo dos treinos por meses e colocar em xeque o seu planejamento para uma prova importante ou mesmo a sua continuidade no processo de perda de peso e redução do percentual gordura.




Você pode usar anti-inflamatório? Muitos corredores fazem uso desses medicamentos, mas lembre-se que eles mascaram a dor, fazendo com que você perca a noção e os limites do próprio corpo. Se você diminuiu o ritmo de treino, mas a dor se manteve ou continua aumentando, talvez seja uma boa, mas lembre-se de que se você chegou nesse ponto de precisar usar remédio, deve suspender a corrida até acabar a medicação.
Dependendo das suas metas na corrida, uma dose extra de vitaminas e suplementos pode ser importante para que você obtenha todos os nutrientes necessários para a saúde e boa performance. Por isso, a visita a um nutricionista esportivo é uma estratégia bem interessante, para ver se você realmente precisa de suplementos, quais são os mais indicados e em que doses. Não caia na tentação de comprar por conta própria. Estudos bem embasados mostram que doses exageradas de algumas substâncias podem interferir na recuperação muscular e nos ganhos de resistência ao longo dos treinos. Isso pode deixá-lo com o organismo mais fraco e mais vulnerável a lesões.

 Fonte: www.globoesporte.globo.com/eu-atleta

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

DOR NO OMBRO E PESCOÇO. QUAL É A RELAÇÃO ?

 
Neste artigo pretendo responder a algumas perguntas sobre a tendinite mais frequente da articulação do ombro, tendinopatia supra-espinhoso e compartilhando alguns "truques" para resolver, prevenir e curar essas lesões tão comuns.

O ombro é por diferentes razões, a articulação que apresenta mais problemas tendíneos e articulares do corpo e um dos motivos mais freqüentes de consulta em nossa clínica.

POR QUE está articulação É TÃO PROPENSa A SOFRER LESÕES ? 
E O QUE POSSO FAZER PARA RESOLVER?

Essa relação entre os problemas cervicais e problemas de ombro pode ser explicado a partir de muitos pontos de vista, do ponto de vista biomecânico, este conjunto deve cumprir dois requisitos importantes, mas também as vezes muito conflitantes. 

Por um lado, é a articulação com maior mobilidade do corpo, o ombro pode realizar praticamente todos os movimentos que existem em uma articulação. Além disso, deve ser uma articulação estável, capaz de suportar grandes cargas de peso.

No entanto, há uma premissa de que se realiza em todas as articulações; = Mais mobilidade para mais instabilidade, e, portanto, mais coordenação muscular e equilíbrio para firmá-lo. Nesta articulação insere-se músculos que devem ser altamente sincronizados e equilibrados para localizar a articulação em uma posição correta e assim garantir um ótimo funcionamento articular.

 É por isso que, perda de equilíbrio muscular que assegura a qualidade da mobilidade e estabilidade, é uma das razões que o ombro tem a tendência a sofrer lesões.


Embora os fisioterapeutas estão cientes da principal razão pela qual o ombro perde esse equilíbrio muscular e que não tem sua origem na própria articulação do ombro, muitas vezes problemas cervicais, como rigidez, bloqueios articulares, ou mesmo hérnias e protusões de disco cervical, estão por trás desse desequilíbrio muscular que favorece a uma incorreto movimento biomecânico da articulação do ombro. 


Como resultado destes desequilíbrios, eventualmente, eles acabam produzindo lesões como tendinite, bursite, ou até mesmo as rupturas de tendíneas.


Por isso, é cada vez mais comum para Fisios em vez de se concentrar apenas no ombro para tratar uma tendinopatia dessa articulação, vamos nos concentrar mais no tratamento da coluna cervical e costas para abordar a origem causal de muitas destas lesões comuns .




Ft. Paulo R. Moreira
Fisioterapeuta do Esporte
Esp. Ortopedia e Traumatologia.



terça-feira, 4 de agosto de 2015

Menos estresse e mais saúde: quando os exercícios funcionam como terapia.

A ordem é treinar e relaxar para não ser atingido emocionalmente pelos problemas do dia a dia. A prática de atividade física, principalmente em grupo, tem vários benefícios.

Por 

Há anos se estuda a síndrome do coração partido. Traduzindo: nas situações criticas da nossa existência, seja material ou espiritual, o nosso coração sofre muito! Mas como combater essa situação tão perigosa? Sem dúvida, o método mais fácil, barato e menos complicado é a prática de exercícios físicos e o preferido das massas é a corrida ou mesmo a simples caminhada. A escolha leva em conta as suas condições de saúde, evidentemente não deixando de focar nas condições físicas de resistência. 

Mais sorrisos: prática de exercícios alivia o estresse e ajuda a diminuir a ansiedade e depressão (Foto: Getty Images)

Vamos falar então dos efeitos psicológicos positivos, que envolvem quem é ativo regularmente. Em primeiro lugar a importante sociabilidade, sem dúvida em pares ou em grupos de esportistas que acabam amigos entre si. Com isso, reduzem o isolamento social que eventualmente existe em algumas pessoas. 

Outros efeitos psicológicos aparecem, como aumento da autoestima, alívio mais efetivo do estresse e mudança da autoimagem, que melhora incrivelmente até entre os mais tímidos. Os grandes males da vida moderna, como a ansiedade e depressão, têm uma evolução bem mais favorável mesmo nos que necessitaram de medicação em algum momento do seu tratamento.



Os resultados são incríveis porque todos se ajudam de uma maneira ou outra. As disputadas partidas de tênis, vôlei, futebol e outras, dos fins de semana, se tornam verdadeiros momentos de psicoterapia em grupo para alguns, até aqueles com exageros rompantes das atitudes não tão esportivas.

Ganho na autonomia individual e na imagem completam os ganhos advindos dessa terapia psicológica. Todos conhecemos amigos que se tornaram casais felizes formados nos grupos de atividade esportiva. 



Vejam que maravilha equilibrar ou mesmo vencer as agruras psicológicas, que nos afligem em tempos de baixa confiança nos nossos dirigentes políticos, econômicos e como não, esportivos. A ordem é treinar e relaxar para não ser atingido emocionalmente pelos tempos tão negativos.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta