quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Nada de exagero: Evite a sobrecarga nos joelhos através de uma angulação correta

Lesões graves podem ser ocasionadas por exercícios feitos de forma incorreta nas academias.  Listamos três passos importantes para prevenção

Hoje em dia é cada vez maior o número de adeptos às salas de musculação. Muitos procuram a academia de ginástica apenas para seu bem estar, outros buscam preparação para os esportes ou apenas seguir orientações médicas. As máquinas utilizadas na musculação e as modalidades de treinamento têm sido alteradas no decorrer dos anos, mas nem sempre essas alterações são acompanhadas por estudos biomecânicos. O que se tem visto cada vez mais em consultórios de medicina esportiva é que muitas pessoas que ingressam em academias, principalmente aquelas que começam a treinar sem orientação de um profissional de educação física acabam desenvolvendo lesões por sobrecarga no joelho, muitas vezes graves.


Mas por que uma pessoa que estava sadia e iniciou um treinamento desenvolveu lesão? Seria culpa das máquinas? Seria do excesso de treinamento? Algumas pessoas possuem tendência a desenvolver lesões por esforço repetitivo e isso está ligado a diversos fatores, dentre eles, ao eixo dos membros. Ou seja, se as pernas são tortas, a angulação dos ossos do quadril, do joelho e a pisadas muito pronadas ou supinadas. Isso, somado a um mal funcionamento muscular pode levar a uma sobrecarga muito grande sobre a cartilagem, tendões e sobre a cápsula articular. Passando os limites fisiológicos, pode levar a lesões irreversíveis.

Outro fator muito importante a ser levado em conta é a angulação em que o joelho é submetido durante o treino. Sabe-se hoje que algumas máquinas de cadeia cinética fechada nas quais trabalham-se o joelho, tornozelo e quadril ao mesmo tempo, como o leg-press, por exemplo, quando usadas em uma em angulação acima de 60° geram um vetor de reação articular muito grande, com consequente hiperpressão na cartilagem, podendo levar a lesão.

Já as máquinas de cadeia cinética aberta, na qual apenas o joelho trabalha durante a contração, como a cadeira extensora, esta hiperpressão ocorre quando o joelho está muito próximo de ficar completamente esticado. Justamente esta máquina é a mais utilizada para que se realize isometria (contração muscular mantendo o joelho esticado) para as pessoas que já possuem algum tipo de lesão. Quando realizada em doenças como a condromalacia tendinite patelar, a doença do aluno pode sim piorar.
Mas como prevenir uma lesão na musculação? Para que uma pessoa que já pratica esporte, como a corrida de rua, por exemplo, e procura a academia para treinamento funcional ou para a pessoa que busca ganho de qualidade de vida, a prevenção de lesões inclui três passos:

1 - Realizar um check up esportivo incluindo avaliação funcional  e isocinética do aparelho locomotor, realizado por um médico do esporte e por um fisioterapeuta esportivo;

2 - Criar um canal de comunicação entre equipe de saúde e o profissional de educação física;

3 - Enfatizar a responsabilidade do aluno ao se praticar musculação, não exagerando no volume e na intensidade do treino, respeitando-se as orientações dos profissionais envolvidos.



Ft. Paulo R. Moreira
Fisioterapeuta do Esporte
Esp. Ortopedia e Traumatologia.


terça-feira, 25 de agosto de 2015

Vale a pena forçar e continuar os treinos mesmo quando se tem dor?

A expressão “no pain no gain” pode até ser inspiradora, mas está longe de ser verdade. A dor durante o treino pode ser um indicativo de que algo está errado.

Por Gustavo Luz



Reconheça os sinais do seu corpo. Treinar com dor é sinal de que algo está errado. 


 Provavelmente você já ouviu a clássica expressão “no pain no gain” – sem dor sem ganho. Talvez isso seja inspirador, mas está longe de ser verdade. Treinar com dor é um sinal de que algo está errado, seu organismo está sofrendo. A tendência é o contrário, o treino deve ficar cada vez mais fácil à medida que o seu condicionamento melhora. Um treino sem dor é um treino feito da maneira correta, dentro das suas possibilidades. A medida que você melhora o condicionamento físico e pulmonar, não faz sentido continuar sentindo dores, a não ser aqueles incômodos pós-treino, como cansaço e musculatura dolorida.
Se você é um iniciante, tenha muito cuidado em não forçar a barra nos primeiros treinos. De uma maneira geral, seu pulmão e seu coração se condicionam mais rápido à corrida do que as suas pernas (músculosarticulações, ligamentos). Ou seja, você aguenta o tranco de um esforço maior, mas as suas pernas não. E um sinal bem comum de que você está passando do ponto é a canelite. É claro que essa dor na canela é frustrante, mas por outro lado, é um sinal das suas pernas alertando que o treino não está fazendo bem para elas. E não tem jeito, você vai ter que reduzir o ritmo ou dar uma parada. Não vale a pena forçar a barra e continuar no mesmo pique, achando que a dor vai desaparecer, não vai. E algumas lesões mais sérias (ou que se tornam mais sérias por erro seu) podem tirá-lo dos treinos por meses e colocar em xeque o seu planejamento para uma prova importante ou mesmo a sua continuidade no processo de perda de peso e redução do percentual gordura.




Você pode usar anti-inflamatório? Muitos corredores fazem uso desses medicamentos, mas lembre-se que eles mascaram a dor, fazendo com que você perca a noção e os limites do próprio corpo. Se você diminuiu o ritmo de treino, mas a dor se manteve ou continua aumentando, talvez seja uma boa, mas lembre-se de que se você chegou nesse ponto de precisar usar remédio, deve suspender a corrida até acabar a medicação.
Dependendo das suas metas na corrida, uma dose extra de vitaminas e suplementos pode ser importante para que você obtenha todos os nutrientes necessários para a saúde e boa performance. Por isso, a visita a um nutricionista esportivo é uma estratégia bem interessante, para ver se você realmente precisa de suplementos, quais são os mais indicados e em que doses. Não caia na tentação de comprar por conta própria. Estudos bem embasados mostram que doses exageradas de algumas substâncias podem interferir na recuperação muscular e nos ganhos de resistência ao longo dos treinos. Isso pode deixá-lo com o organismo mais fraco e mais vulnerável a lesões.

 Fonte: www.globoesporte.globo.com/eu-atleta

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

DOR NO OMBRO E PESCOÇO. QUAL É A RELAÇÃO ?

 
Neste artigo pretendo responder a algumas perguntas sobre a tendinite mais frequente da articulação do ombro, tendinopatia supra-espinhoso e compartilhando alguns "truques" para resolver, prevenir e curar essas lesões tão comuns.

O ombro é por diferentes razões, a articulação que apresenta mais problemas tendíneos e articulares do corpo e um dos motivos mais freqüentes de consulta em nossa clínica.

POR QUE está articulação É TÃO PROPENSa A SOFRER LESÕES ? 
E O QUE POSSO FAZER PARA RESOLVER?

Essa relação entre os problemas cervicais e problemas de ombro pode ser explicado a partir de muitos pontos de vista, do ponto de vista biomecânico, este conjunto deve cumprir dois requisitos importantes, mas também as vezes muito conflitantes. 

Por um lado, é a articulação com maior mobilidade do corpo, o ombro pode realizar praticamente todos os movimentos que existem em uma articulação. Além disso, deve ser uma articulação estável, capaz de suportar grandes cargas de peso.

No entanto, há uma premissa de que se realiza em todas as articulações; = Mais mobilidade para mais instabilidade, e, portanto, mais coordenação muscular e equilíbrio para firmá-lo. Nesta articulação insere-se músculos que devem ser altamente sincronizados e equilibrados para localizar a articulação em uma posição correta e assim garantir um ótimo funcionamento articular.

 É por isso que, perda de equilíbrio muscular que assegura a qualidade da mobilidade e estabilidade, é uma das razões que o ombro tem a tendência a sofrer lesões.


Embora os fisioterapeutas estão cientes da principal razão pela qual o ombro perde esse equilíbrio muscular e que não tem sua origem na própria articulação do ombro, muitas vezes problemas cervicais, como rigidez, bloqueios articulares, ou mesmo hérnias e protusões de disco cervical, estão por trás desse desequilíbrio muscular que favorece a uma incorreto movimento biomecânico da articulação do ombro. 


Como resultado destes desequilíbrios, eventualmente, eles acabam produzindo lesões como tendinite, bursite, ou até mesmo as rupturas de tendíneas.


Por isso, é cada vez mais comum para Fisios em vez de se concentrar apenas no ombro para tratar uma tendinopatia dessa articulação, vamos nos concentrar mais no tratamento da coluna cervical e costas para abordar a origem causal de muitas destas lesões comuns .




Ft. Paulo R. Moreira
Fisioterapeuta do Esporte
Esp. Ortopedia e Traumatologia.



terça-feira, 4 de agosto de 2015

Menos estresse e mais saúde: quando os exercícios funcionam como terapia.

A ordem é treinar e relaxar para não ser atingido emocionalmente pelos problemas do dia a dia. A prática de atividade física, principalmente em grupo, tem vários benefícios.

Por 

Há anos se estuda a síndrome do coração partido. Traduzindo: nas situações criticas da nossa existência, seja material ou espiritual, o nosso coração sofre muito! Mas como combater essa situação tão perigosa? Sem dúvida, o método mais fácil, barato e menos complicado é a prática de exercícios físicos e o preferido das massas é a corrida ou mesmo a simples caminhada. A escolha leva em conta as suas condições de saúde, evidentemente não deixando de focar nas condições físicas de resistência. 

Mais sorrisos: prática de exercícios alivia o estresse e ajuda a diminuir a ansiedade e depressão (Foto: Getty Images)

Vamos falar então dos efeitos psicológicos positivos, que envolvem quem é ativo regularmente. Em primeiro lugar a importante sociabilidade, sem dúvida em pares ou em grupos de esportistas que acabam amigos entre si. Com isso, reduzem o isolamento social que eventualmente existe em algumas pessoas. 

Outros efeitos psicológicos aparecem, como aumento da autoestima, alívio mais efetivo do estresse e mudança da autoimagem, que melhora incrivelmente até entre os mais tímidos. Os grandes males da vida moderna, como a ansiedade e depressão, têm uma evolução bem mais favorável mesmo nos que necessitaram de medicação em algum momento do seu tratamento.



Os resultados são incríveis porque todos se ajudam de uma maneira ou outra. As disputadas partidas de tênis, vôlei, futebol e outras, dos fins de semana, se tornam verdadeiros momentos de psicoterapia em grupo para alguns, até aqueles com exageros rompantes das atitudes não tão esportivas.

Ganho na autonomia individual e na imagem completam os ganhos advindos dessa terapia psicológica. Todos conhecemos amigos que se tornaram casais felizes formados nos grupos de atividade esportiva. 



Vejam que maravilha equilibrar ou mesmo vencer as agruras psicológicas, que nos afligem em tempos de baixa confiança nos nossos dirigentes políticos, econômicos e como não, esportivos. A ordem é treinar e relaxar para não ser atingido emocionalmente pelos tempos tão negativos.

Fonte: http://globoesporte.globo.com/eu-atleta

quarta-feira, 13 de maio de 2015

PILATES COMO ALIADO NO ESPORTE

Prática previne lesões e dores causadas por atividades físicas


O ser humano foi feito para o movimento. E é isso que permeia todas as atividades da nossa vida, do nascimento até a morte. Entre o atleta e o sedentário existe uma gama infinita de atividades físicas e esportivas, que podem ser realizadas ao longo da vida, com maior ou menor intensidade. O fato é que, quanto mais cedo somos estimulados a descobrir o prazer de nos exercitar, mais tempo nos mantemos na ativa e melhor usufruiremos dos benefícios da prática da atividade física em todos os âmbitos de nossa vida.
Desde criança, quanto mais atividades físicas variadas praticarmos, mais teremos chances de nos desenvolvermos de maneira natural e equilibrada. Quanto mais próximos da moderação e mais longe da "exigência olímpica", maiores serão os efeitos benéficos da prática da atividade física.
Tanto para atletas submetidos a treinamentos intensos, quanto para praticantes regulares de intensidade moderada, é importante o conhecimento do funcionamento do corpo e o reconhecimento de seus limites e potencialidades ao longo da vida. O método Pilates é uma ferramenta importantíssima de autoconhecimento e de educação do movimento. Pode ser praticado desde a mais tenra idade até a maturidade, adaptando-se e atendendo às necessidades de todas as fases da vida.
PILATES PREVINE DORES DOS ATLETAS


O Pilates respeita a biomecânica do corpo humano, trabalhando-o de forma equilibrada, respeitando os limites de movimento de cada articulação, sem sobrecargas. Ao mesmo tempo, exercita nossa atenção, concentração e controle, atuando também no nível mental. Seus seis princípios (respiração, fortalecimento do centro, fluidez, controle, precisão e concentração) podem ser praticados por todos, com qualquer nível de condicionamento físico. Logo que são assimilados, esses princípios podem ser transferidos para toda e qualquer atividade física que desejamos realizar, em qualquer fase da vida.
Com nosso tempo cada vez mais escasso, nem sempre é possível praticar uma variedade de esportes e atividades que garantam um trabalho equilibrado de todo o corpo. Muitos esportes podem incluir movimentos repetitivos (como a corrida e o ciclismo), que utilizam de forma constante apenas alguns grupos musculares - geralmente os que são mais solicitados durante a prática. Já outras modalidades trabalham de forma assimétrica o corpo, como no caso do tênis e do basebol, por exemplo. Isso não significa que não devamos praticá-los, muito pelo contrário, principalmente se isso nos causa grande prazer. Mas é necessário compensarmos alguns desequilíbrios para que não nos tornemos reféns de dores e lesões indesejáveis que nos afastariam da prática do esporte que tanto amamos.
POR UMA VIDA COM MAIS QUALIDADE

Por isso é tão desejável que praticantes de qualquer esporte aliem a prática de Pilates às suas atividades, não só para reestruturar e realinhar o corpo, como também para alcançar uma nova consciência de si mesmo. Afinal, o Pilates torna mais eficientes e seguros os movimentos realizados não só na prática esportiva, como no dia-a-dia. Isso melhora a qualidade de vida e torna os movimentos naturalmente mais econômicos, graciosos e espontâneos.
A melhora da postura, o fortalecimento e o alongamento da musculatura, e a melhora do condicionamento físico geral são, na realidade, alguns dos efeitos secundários da prática de Pilates. A prática oferece benefícios que extrapolam o corpo e atingem o ser de forma integral, melhorando o foco e a capacidade de concentração e autocontrole, além de proporcionar maior conhecimento e consciência de si.
Por isso, desde a década de 20/30 até os dias de hoje, a prática de Pilates vem crescendo e se difundindo em todo o mundo, tornando-se cada vez mais popular e acessível a todas as camadas da população. Isso é o que o criador do método - o mestre Joseph H. Pilates - desejava, e estamos vendo que seu sonho já é uma realidade.
Se você ainda não sentiu o prazer de uma aula de Pilates, experimente. Os milhares de praticantes de Pilates em todo o mundo já sabem sobre o que estou falando, só estamos esperando que você junte-se a nós e seja também mais um apaixonado pelo método, aproveitando, o quanto antes, todos os seus benefícios!

Paulo Moreira
Fisioterapeuta do Esporte


Fonte:
http://www.personare.com.br/pilates-como-aliado-no-esporte-m2481

BENEFÍCIOS DO PILATES NO TRIATHLON



A técnica de Pilates têm crescido muito e cada vez mais está sendo incluída como base de preparação física de outras atividades físicas, entre elas o Triathlon. Com o objetivo de melhorar a técnica postural e em prevenir dores e lesões no atleta o Pilates tornou-se um dos principais diferenciais do treino. Um dos principais benefícios do Pilates é condicionar o corpo a usar músculos de forma mais eficiente e segura e assim poupar energia durante treinos e provas.


Sendo o Pilates um é um método que respeita o grau de condicionamento físico de qualquer aluno é possível realizar variações nos exercícios que podem adequar-se para o iniciante, intermediário e avançado. Triatletas do circuito internacional, como Emma Snowsill, Matt Reed, Chris Legh, Craig Alexander e Amanda Lovato, são fãs do Pilates e acreditam que o método auxilia na melhora da flexibilidade, consciência corporal e consequente melhora de desempenho. Craig Alexander salienta a melhora impressionante na postura durante as provas, como benefício do Pilates: “Se você olhar para os atletas que lideram a corrida, eles são os poucos cuja postura não é de sofrimento até o final da corrida, pois têm força suficiente no core para sustentar seu organismo, mesmo em um completo estado de fadiga”.


As 3 modalidades do Triathlon envolvem diferentes movimentos de forma repetitiva, o Pilates pode condicionar os músculos para executar a atividade com segurança o que evitará futuras lesões.
Triatletas treinam muitas horas por semana para cada modalidade. Se não usarem os músculos adequadamente uma pequena fadiga inicial pode se transformar em algo maior. Com a prática do Pilates alguns praticantes já se sentem melhores em seu desempenho físico por conta do fortalecimento desde os músculos mais profundos, a fim de estabilizar melhor o corpo, até os músculos mais superficiais, e melhorando também a respiração, postura e flexibilidade.



Compostos por exercicios que podem ser realizados no solo, bola e equipamentos especiamente desenvolvidos para a técnica é possivel atravéz de simulação de gesto esportivo realizar o treinamento funcional do core, essencial para o desempenho da técnica.

http://www.lifefisio.com.br/index.php/conteudo/show/id/20

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Treinar na areia – uma ótima opção

Hoje em dia, as pessoas se preocupam cada vez mais com a qualidade de vida, o que as leva a procurarem hábitos de vida saudáveis, a modificarem a alimentação, a buscarem atividades menos estressantes e... a treinarem!!! Isso mesmo, o treinamento físico gera adaptações orgânicas e psicológicas importantes para o seu corpo, favorecendo uma melhor qualidade de vida!!

               
                Assim, se você quer treinar de forma diferente, variada, quebrando a rotina da academia e, além de tudo, se quer melhorar o seu condicionamento físico, fortalecer grupos musculares importantes para determinadas modalidades esportivas, ou ainda, se quer continuar o processo de reabilitação de lesões, o TREINO NA AREIA é uma ótima opção!!!



                A areia é uma superfície instável, irregular e fofa. Essas propriedades oferecem uma condição para treinamento diferente e muito propícia para otimizar seus resultados. O fato da areia ser um terreno irregular, com muitos “buracos”, oferece maior instabilidade e, com isso, proporciona um excelente trabalho de propriocepção (capacidade de localização espacial do corpo) durante o deslocamento. Inclusive por estas razões a orientação é que o treino na areia seja realizado descalço, aumentando a sensibilidade do corpo diante de novas e diferentes situações.



                Em relação à carga de treino, a areia pode ser considerada como uma sobrecarga e, dessa forma, altera a intensidade de trabalho, tornando o treino mais intenso. Isso ocorre em função da areia ser fofa. A força desprendida para um deslocamento nesse ambiente é facilmente dissipada, tornando o movimento mais difícil. Isso proporciona um aumento na ativação muscular e recrutamento das unidades motoras, gerando um maior gasto energético quando se treina na areia. Estudos comprovam que treinar na areia gasta de 1,2 a 1,6 vezes mais energia do que treinar na grama.



                O treino na areia também é considerado de baixo impacto, o que favorece as pessoas que possuem alguma limitação e devem evitar grandes impactos durante as atividades. E também é um treino que apresenta um baixo índice de lesão e gera menos dores musculares.



                No que se refere ao condicionamento das capacidades físicas, estudos já comprovaram que o treino na areia provoca adaptações no sistema aeróbio, observado na melhora do VO2max em  períodos superiores a 6 semanas de treinamento. Além disso, auxilia na melhora da força. As adaptações agudas ao treino na areia se sustentam por longos períodos de treinamento.


                Enfim, treinar na areia é diferente, gera maior prazer, fornece maior sensação de liberdade, além de ser uma boa opção para variar seus treinos, não causando desânimos oriundos da mesma rotina sempre. Porém, lembre-se sempre, todo treino deve ser orientado por um profissional capacitado e competente, comprometido com seus objetivos e com a preservação de sua saúde.

João Guilherme Cren Chiminazzo
Consultor Esportivo – Physio Prime
CREF 11.402 G